sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MORTE CELULAR

As células do nosso organismo devem ser mantidas em condições constantes no que diz respeito a temperatura, irrigação sanguínea, oxigenação e suprimento de energia (homeostase). Agressões intensas podem levar a  lesões celulares reversíveis, chamadas assim pois caso o estímulo agressor cesse, as células retomam ao seu estado normal, funcional e morfológico. Se por ventura o estimulo agressor seja mais intenso e mais prolongado, ocorre lesão celular irreversível, culminando com a morte da célula.
As duas formas de morte celular de maior ocorrência em mamíferos são a necrose e apoptose. A necrose é de incidência pouco previsível, geralmente acidental, promovendo reação inflamatória local.As membranas das células perdem sua integridade ocorrendo o extravasamento de substâncias contidas nas células que entram na corrente circulatória podendo ser detectada e interpretada como evidência de morte celular. Como consequência da necrose, ocorre inflamação nos tecidos adjacentes para eliminação dos tecidos mortos e posterior reparo. Durante esta processo inflamatório acumulam-se leucócitos na periferia do tecido lesado, que liberam enzimas úteis na digestão das células necróticas. Já a morte celular por apoptose é a forma mais comum por ocorrer em praticamente todos os tipos celulares, expressam-se de maneira programada e silenciosa, não promovendo inflamação. Morfologicamente as células apoptóticas diminuem de tamanho, exibem cromatina condensada formando agregados próximos a membrana nuclear e a seguir há formação de fragmentos celulares percebendo-se finalmente a fagocitose das células por macrófagos.
A morte celular de qualquer tipo pode ser identificada quando a membrana celular ou plasmalema estiver lesada a ponto de permitir a entrada de moléculas para o seu interior, inclusive de corantes que normalmente não atravessam a membrana externa.
 By Ivo Leal


Referências:
FRANCO, M.; MONTENEGRO, M.R.; BRITO T.; BACCHI, C. E.; ALMEIDA, P. C.; Patologia - processos gerais - 5ª ed., São Paulo: Atheneu, 2010;
www.pathology.com.br


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