domingo, 7 de novembro de 2010

EDEMA

É o aumento do líquido nos espaços teciduais e intersticiais. De acordo com a localização, coleções de líquido em diferentes cavidades corporais recebem as denominações de hidrotórax, hidropericárdio e hidroperitônio. Este último também conhecido com ascite. Em geral, os efeitos opostos da pressão hidrostática e pressão coloidosmótica plasmática são os principais fatores que governam o movimento de líquidos entre os espaços vascular e intersticial.
O líquido de edema que ocorre nas pertubações hidrodinâmicas é tipicamente um transudato pobre em proteína. Inversamente, na virtude da permeabilidade vascular aumentada, o edema inflamatório é um exsudato rico em proteína.
* Pressão hidrostática elevada: pode advir de comprometimento do retorno venoso. Ex.: trombose venosa profunda nos membros inferiores produz edema que se limita a perna afetada.
* Pressão coloidosmótica reduzida: pode advir da perda excessiva ou síntese reduzida de albumina que é a maior responsável pela manutenção da pressão coloidosmótica. Ex.: Síndrome nefrótica (parede excessivamente permeável do capilar glomerular e edema generalizado).
 * Obstrução linfática: pode advir de obstrução inflamatória ou neoplasia. Ex.: filariose (causa fibrose dos linfonodos e vasos linfáticos na região inguinal. O resultante edema na genitália externa e membros inferiores é tão extremo que se denomina elefantíase).
* Retenção de sódio e água: é o fato que contribui para várias formas de edema, o aumento do sal e água causa tanto aumento da pressão hidrostática como diminuição da coloidosmótica vascular. A retenção do sal pode ocorrer com qualquer redução aguda da função renal. Ex. glomerulonefrite. 

Fonte: Robbins, patologia estrutural e funcional. 6ª ed.